quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Repudio/Crossing Into Darkness/Terror Music/2016 CD Review



  Repudio é uma banda do Brasil que toca uma forma crua e misantrópica de black metal e esta é uma resenha do álbum de 2016 "Crossing Into Darkness" que foi lançado pela Terror Music. 
  Um som obscuro e pesado começa com o álbum junto com os riffs que também têm momentos melódicos. Os vocais trazem um estilo de scream  sombrio e agudo, e quando a música acelera uma grande quantidade de vibração e blast beats também podem ser ouvidas, o que dá às músicas uma sentimento mais cru.
  A maior parte da música está muito arraigada nos anos 90, enquanto as guitarras também capturam o estilo sueco mais melódico da época, e as músicas também adicionam uma mistura de partes lentas, médias e rápidas e a música. também mostra influências do início dos anos 2000 em músicas posteriores. 
  Conforme o álbum progride, a música fica mais diversificada enquanto se mantém    crua e nunca se distancia do estilo black metal. Algumas faixas também adicionam uma pequena quantidade de violões na gravação. A produção soa muito sombria e crua, enquanto as letras se concentram em temas como morte, misantropia, blasfêmia, suicídio e depressão, juntamente com canções sendo escritas em português e inglês.
 Na minha opinião, o Repudio é uma grande banda de black metal misantrópica e se você é um fã deste gênero musical, você deve conferir esta gravação.AS TRILHAS RECOMENDADAS INCLUEM "Funeral Absoluto" "Damned Holy Land" e "Refúgio". 8 de 10. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A polêmica sobre o show do Ratos de Porão na Venezuela




A banda punk Ratos de Porão participou de um festival de rock na Venezuela neste ano, promovido pelo governo de Nicolás Maduro. A reação foi diversificada: de um lado, tanto punks anarquistas quanto fãs “coxinhas” criticaram a atitude da banda; de outro, ficou a mensagem sobre as mentiras e distorções dos grandes veículos de mídia no Brasil sobre o país. O Democratize conversou com Juninho, baixista da banda, sobre o assunto e muito mais.

“Você criticar um outro país pela sua posição política assistindo a Rede Globo e lendo a revista Veja, isso é muito bizarro, é a mesma coisa que nada”, é assim que começou o nosso papo com Juninho, baixista da banda Ratos de Porão, formada por João Gordo, Jão e Boka. Trata-se de uma das maiores bandas do cenário do rock independente da história do Brasil, carregada por polêmicas e uma forte ideologia por trás de suas canções e postura.
Porém, a mais recente polêmica começou quando a banda foi convidada para tocar em um festival na Venezuela. “Já fizemos um show em Caracas, na Venezuela, há uns quatro ou cinco anos atrás, e aí o mesmo cara que havia entrado em contato com a gente daquela vez entrou novamente”, diz Juninho. Segundo ele, antes mesmo da banda topar realizar o concerto, muitos fãs venezuelanos criticaram o grupo: “Logo que a gente fechou a presença no festival, começaram a rolar umas mensagens de uns caras nos criticando, dizendo ‘meu, vocês tão vindo pra cá, com esse show desse cara duvidoso que apoia o governo, sendo que vocês são uma banda punk’. Então assim, já logo de cara que ele entrou em contato com a gente pra fechar, ao mesmo tempo que foi um esquema bem legal de fazer um show de graça que qualquer pessoa pode ir lá assistir, começou a ter um tipo de conflito por essa parada política”.
Mesmo com as críticas, a banda topou fazer o show. Não demorou muito para que isso fosse repercutido no Brasil.
Imagem Reprodução Ratos de Porão Facebook
Imagem Reprodução Ratos de Porão Facebook
Segundo Juninho, muitos comentários surgiram de fãs brasileiros após uma publicação feita por João Gordo na página oficial da banda no Facebook, onde a banda ironizava o senso comum produzido pela mídia tradicional de que “na Venezuela não existe nem papel higiênico sobrando”. Sobre o fato do festival ter sido promovido pelo governo, o baixista do Ratos citou a Lei Rouanet no Brasil, utilizada diversas vezes para promoção e realização de shows ao redor do país, onde inclusive o Ratos já teria participado. E lembrou: “A nossa visão política não vai mudar por isso. Fizemos o nosso show de sempre, com o setlist de sempre, a postura de sempre, não houve censura nem nada”.
Sobre uma possível incoerência da banda ter canções anarquistas e tocar em um festival promovido por um governo dito “nacionalista”, Juninho disse:
No Brasil você tem um nacionalismo muito esquisito. Mas na Venezuela, na Argentina, esses lugares que tem esse patriotismo, é uma onda diferente. Aqui no Brasil quando você vê um cara com bandeira e camiseta do Brasil dizendo ‘meu país, meu orgulho’, o que esse cara quer? O cara quer o Brasil para os brancos, para os ricos, para a classe média, ele quer que os pobres se fodam. Ele quer que os pobres e pretos vão morar longe, o Brasil dele é esse. Já na Venezuela é completamente o contrário. É uma posição política que não tem aqui no Brasil. É um cara que é patriota, só que o cara tá pelo povo, tá pelas pessoas. Você vê lá uma banda de metal, e o vocalista com um bracelete da bandeira da Venezuela, ele fala ‘povo venezuelano, a força do nosso país, do nosso povo, vamos valorizar as coisas do nosso país’, ele não tá falando da elite, ele tá falando contra o imperialismo americano, ele fala contra o governo americano. Ele é pró-Venezuela porque ele sabe que em certos momentos o imperialismo e o capitalismo estavam comendo a Venezuela. Eles querem que as pessoas pobres tenham educação, tenham saúde, uma coisa que aqui não existe. Você não vai em uma passeata contra a Dilma com uma pessoa com a bandeira do Brasil querendo que os pobres tenham melhor educação e saúde, não existe isso. Aqui no Brasil não existe essa posição, e lá tem. Os patriotas daqui querem ir pra Miami pra fazer compras.
Bem na realidade, o nacionalismo promovido nos últimos anos na Venezuela é de fato um fenômeno continental, que pode ser considerado um dos traços mais efetivos do bolivarianismo. Países como Equador e Bolívia também se utilizam do mesmo, mas de uma forma completamente diferente daquela produzida pela classe conservadora no Brasil dos dias de hoje.
Enquanto lá o nacionalismo é visto como uma forma de autodefesa contra a influência de países que tradicionalmente utilizaram o continente como máquina de exploração — como os Estados Unidos, Portugal e Espanha -, no Brasil o patriotismo tem sido utilizado pela direita política como um bastião do significado da “família brasileira”, aquela que defende tradições específicas guiadas por dogmas religiosos, mas não entende que a interferência política de um país como os Estados Unidos possa ser negativa para o futuro do desenvolvimento do Brasil como nação de identidade própria.
Além disso, Juninho — que disse por diversas vezes não se considerar um especialista em política — apontou o problema de desigualdade social nas sociedades latino-americanas, e como isso é visto por patriotas venezuelanos e patriotas no Brasil: “Quem é mais humilde apoia o governo venezuelano, nos bairros mais pobres etc. Quem Chávez e Maduro incomodaram? Quem tem dinheiro, incomodaram a classe média, esse pessoal que não gosta que o governo invista nos mais pobres”.
Foto: Patricia Laroca
Foto: Patricia Laroca
Sobre a situação política do Brasil
E como um papo leva automaticamente para outro, o assunto acabou virando as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff e a situação política no Brasil dos dias de hoje.
O baixista do Ratos considera que a crise não está apenas no Brasil, e leva em conta os shows feitos pela banda fora do país nos últimos anos: “Como o Brasil se abriu para o neoliberalismo, ele tá no ciclo mundial, a crise não é só no Brasil. Fizemos muitos shows fora do país, inclusive na Europa e países da América Latina. E lá vi muita coisa que não via antes, por exemplo um cara chegar no show e pedir desconto pra comprar uma camiseta. Faço turnê na Europa desde 2000, e nunca havia visto um cara na Espanha ou na Itália pedir desconto pra comprar a camiseta”.
Juninho cita as variadas vezes em que presenciou em países como Itália e Espanha o fechamento de lojas de discos por conta da crise imobiliária, que tem varrido a economia de ambos os países nos últimos sete anos.
Apesar de não ter votado em Dilma — Juninho afirma ter votado nulo nas últimas eleições para presidente — o baixista acredita que boa parte desse tipo de pensamento tem como culpados os grandes veículos de comunicação. “Infelizmente temos uma mídia que leva a cabeça das pessoas para formações políticas que são completamente alienadas”.
Sobre os atos pelo impeachment de Dilma Rousseff, a crítica partiu para a classe média: “Nesse ato aí do impeachment, esses caras pararam ali numa ocupação na Consolação mandando os caras irem trabalhar. Qual o sentido disso?”. Segundo ele, existe um medo muito grande nas classes mais baixas de que caso partidos como o PSDB ganhem as eleições os programas sociais promovidos pelo PT acabem, e que esse medo só aumenta quando casos como o citado na manifestação anti-Dilma ocorrem.
Foto Gabriel Soares - Democratize
Foto: Gabriel Soares/Democratize
A crise afetando a cena independente no Brasil
Mesmo longe dos holofotes, a crise econômica parece também afetar a cena de rock independente no Brasil. “Dos primeiros 15 shows que a gente fez (em 2015),] quase dez deram errado. A gente percebeu que quando virou o ano já tava ruim a situação. Começa a dar merda no bolso do pessoal, qual a primeira coisa que você corta? Show, restaurante etc.”,  lamentou o baixista.
Mas a banda já parece ter encontrado uma solução para fugir da crise. Diante do déficit de público nos shows e poucas oportunidades de lotar casas pelo Brasil, o Ratos resolveu tocar mais fora do país neste ano, e a iniciativa tem dado resultados positivos, com shows em vários países da América Latina, como Argentina e a própria Venezuela.
Juninho ainda lembrou que não se trata de algo que afeta apenas o Ratos de Porão: “Bandas como Dead Fish também estão sofrendo com toda essa situação, não é só a gente”.
A politização da música no Brasil — ou falta de politização?
O Brasil, que já foi palco de grandes canções politizadas nos anos 80 — como ‘Até Quando Esperar‘ da Plebe Rude — já não parece ter o mesmo fôlego. E essa mudança não afeta apenas a música propriamente dita, como também festivais, eventos e o cotidiano das bandas, inclusive da cena independente.
Quando questionado sobre a cena do punk e hardcore no Brasil de anos atrás, o baixista do Ratos usou como exemplo as verduradas, e a cena vegan dentro do hardcore. “Naquela época falávamos muito de veganismo, e hoje em dia parece não existir tanta necessidade de falar sobre isso”, disse, citando uma espécie de gourmetização do veganismo, assim como de outras bandeiras levantadas politicamente pela cena punk hardcore.
Sobre as verduradas e a cena política, houve ainda a tentativa de trazer de volta o espírito mais politizado na cena hardcore em São Paulo, com a realização do evento Hardcore nas Ruas, também idealizado por Juninho: “A gente montou o Hardcore nas Ruas pensando exatamente na politização da música. Fizemos tentando voltar com essa cena, meio que passar a mensagem ‘isso é importante, a gente veio dessa forma, vamos continuar com isso’”.
Mesmo tendo palestras, shows, debates, exposição e diversas outras coisas, o evento parece ainda não ter trazido o mesmo público do verdurada. Juninho lamenta que a adesão ao Hardcore nas Ruas não tem sido como o esperado: “As verduradas tempos atrás contavam com mais de mil pessoas que pagavam pra colar, e o Hardcore nas Ruas hoje não consegue alcançar esse número, mesmo sendo de graça”.
Mas isso parece não se tornar um grande problema, tanto para o baixista quanto para o Ratos. Juninho se diz esperançoso sobre a cena atual, mesmo com a crise econômica afetando o mercado de shows independentes. Saca só o vídeo do festival que o Ratos de Porão participou na Venezuela:

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Napalm Death: o guia para a vida de Barney Greenway


 Vindo do cenário punk e liderando a banda mais barulhenta da Grã-Bretanha, Barney greenway, do Napalm Death, sempre disse o que pensa. Conversamos aqui com o maluco Brummie para saber suas opiniões sobre a política moderna, saúde, o conceito de religião e por que eles sempre mandaram a indústria da música se foder.

MÚSICA
"Espera-se que fiquemos mais conservadores quanto aos nossos gostos à medida que envelhecemos, mas eu tendo a ir pelo caminho inverso. [...] Mas tenho que admitir que tenho estado tão ocupado com o Napalm e com coisas pessoais nos últimos anos que eu não tenho estado muito antenado no que tá rolando. Estou um pouco desconectado no momento mas não por escolha, mas sim pelas circunstâncias. Falando de forma geral, qualquer coisa que seja nojenta, horrível e combativa é a minha.
"Meu pai me levou para a música pesada. Ele era um grande fã de rock quando eu era mais jovem, e ele estava sempre procurando algo mais pesado - menos que eu, ele parou no Metallica ou coisas desse tipo. Ele me ajudou a descobrir Motörhead, que era "a banda" para mim quando mais jovem. "

POLÍTICA
Política é realmente um termo inadequado. Política como a conhecemos na vida cotidiana é apenas discurso vazio. Se o objeto do exercício é fazer a vida melhor para aqueles de baixo para cima, que é como eu vejo a coisa, então não há muito mais. De certa forma eu tenho uma posição ambígua quanto a isso. Em alguns dias eu vou lhe dizer que odeio política, que é melhor acabar com ela, mas eu venho da esquerda, é de lá que eu venho como pessoa. Meu pai era um sindicalista, meu irmão é um sindicalista... e eu sempre me considerei um humanista. Não no sentido comum do termo, mas no sentido radical do que significa ser um ser humano, este sempre foi meu ponto de partida e de chegada. É algo misto, mas se você quiser me classificar de alguma forma, eu estou à esquerda - bem à esquerda.
RELIGIÃO
"Acho que parte do problema com este mundo é que nos esquecemos como sermos seres humanos e o que a humanidade realmente significa - eu acho que a religião desumaniza as pessoas. No fundo, ela te diz para acreditar em algo que não é carne e sangue, que não é sólido, então está te tirando daquilo que é químico, físico e biológico. Para muitas coisas eu sou bem passivo, mas em meu mundo ideal não haveria escolas religiosas. Você pode ensinar religião nas escolas de maneira informativa, tudo bem, mas não acho que se deve inserir religião no currículo. Acho que isso é emburrecer as crianças, alimentá-las com histórias que não têm base nos fatos. E quando você amplia isso para uma sociedade civil que precisa alimentar seu povo, a religião não pode prover isso. Se você é uma pessoa religiosa e quer fazer coisas boas na comunidade então tudo bem, isso não é um problema, mas você pode fazer essas coisas boas não sendo religioso. Sopão de caridade é legal, mas não é necessário trazer religião para o sopão de caridade, eles não deveriam tentar converter aquelas pessoas que são pobres o suficientes para precisarem de um sopão de caridade.

SAÚDE
Houve períodos na minha vida em que eu não era saudável, pela maior parte da minha vida eu fui vegetariano e vegano, mas vegetarianos podem também ser doentes, ha ha! Para mim, saúde é algo realmente importante e não é apenas imagem, é uma necessidade para me sentir contente. E quando digo isso eu quero dizer que meu corpo pode fazer o que ele precisa e eu tenho energia. Com o Napalm Death a coisa é tão intensa que você tem que manter um certo nível de forma física ou você não vai dar conta.

MORTALIDADE
"Acho que todo mundo pensa sobre a morte, mas não tenho medo dela. Isso é algo particular dessa sociedade - por que a morte é um tabu? Quando morrer eu não sei se voltarei para a terra, eu não tenho ilusões quanto a isso, eu não acredito em vida após a morte - desintegrar-se e voltar para a terra é um processo natural, biológico e químico. Se eu morrer e as pessoas quiserem fazer uma pequena cerimônia para marcar minha vida, as pessoas podem se vestir e comportar do jeito que quiserem. Elas podem jogar ping-pong sobre meu caixão se quiserem, sou apenas um corpo que está retornando à terra. É o ciclo da vida.

Tradução de Glauber Ataide

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Sobre o cancelamento do show da banda Graveland no Brasil



 Nós do movimento Red & Anarchist Black Metal - Brasil gostaríamos de agradecer a todos os reais guerreiros do underground que lutam  verdadeiramente contra os dogmas impostos pela Igreja e pelo Estado burguês!!
 É com grande satisfação que recebemos a notícia de mais uma vitória do underground brasileiro sobre a canalha nazista!!
 Graveland uma das bandas da cena poser NSBM teve seu show cancelado no país, por falta de segurança. Por mais descabido que possa parecer, os produtores e seus ascetas defensores da extrema direita não tem força e sequer culhões para defender seus “artistas” racistas e xenófobos, como Rob Darken e seus funcionários,  quando estes se apresentam no país.
 O NSBM que tanto envergonha a cena do Black metal mais uma vez mostra toda sua face de covardia e teme qualquer enfrentamento direto com os setores populares que crescem a cada dia no metal extremo!!
 Suas ameaças virtuais como suspeitávamos não passam de bravatas pois quando não tem amparo junto ao Estado vergonhosamente recuam !!

Mais uma vez camaradas avante!!

No pasarán!!

Jamás pasarán!!

domingo, 5 de março de 2017

Darkthrone: "somos uma banda de Metalpunk

 Anthony Morgan do Lucem Fero recentemente fez uma entrevista por e-mail com Fenriz do Darkthrone, onde foram abordados diversos assuntos, incluindo a propalada influência Punk do grupo.








O nome do álbum ("F.O.A.D.") carrega algo de Punk; quais elementos do gênero você acha que esse disco incorporou?

Fenriz: "Há muito mais Punk em 'The Cult Is Alive' (2006), esse [novo disco] tem mais Heavy Metal. Os elementos Punk estão em todos os álbuns do Darkthrone, exceto o 'Soulside Journey' (1990), nosso primeiro trabalho. Aprendemos com nosso erro naquele álbum — para o qual, nós fomos para um estúdio de Metal. Arrrgh. Nossos elementos Punk estão refletidos na péssima qualidade do som que nossas demos sempre tiveram. Além disso, muitos de nossos riffs não sinfônicos (melódicos) têm algo de Punk neles. Nós somos Metalpunk: esse é um gênero pequeno, mas não menos importante. VENOM, MOTÖRHEAD e CELTIC FROST foram as mais importantes bandas Metalpunk nos anos oitenta, que sendo assim foi o mais importante período".

Vocês já têm algo escrito ou gravado para o próximo álbum? Caso já tenham algo pronto, o que você pode revelar sobre esse material?

Fenriz: "Nós gravaremos as primeiras músicas de nosso próximo disco em alguns dias, começando num sábado (27 de outubro). Minha música se chama 'Hiking Metal Punx'; tem um riff estilo MÖTORHEAD, um riff NWOBHM/Speed Metal e também um riff estilo Punk/IRON MAIDEN. Isto é o que a [banda] PUKE da Suécia gostaria de fazer, eu acho (verifique essa banda, que é minha banda Punk oitentista sueca favorita)."

"A Blaze in the Northern Sky" é frequentemente citado como um clássico muito influente no Black Metal; o que você pensa sobre isso?

Fenriz: "Ontem eu concedi uma entrevista à rádio nacional da Noruega baseada nessa pergunta. Esse álbum tem muitos riffs de Death Metal mas os tolos não percebem pois ele parece Black Metal, e o som é Black Metal. Isso não é uma verdade incontestável, mas, de qualquer forma, nós raramente fazemos um disco puro. Não temos pensamentos totalitários nessa banda, o mesmo em 'Under A Funeral Moon'. O pensamento totalitário é ruim, mas bom para certos trabalhos HAHAHAHAHAHAHAHAHA".

Você acha que isso (a controvérsia sobre algumas letras do disco "Transilvanian Hunger") oferece aos detratores do Metal uma oportunidade de admoestar o DARKTHRONE como um grupo racista, algo que a banda não é? O que pensa sobre isso?

Fenriz: "As pessoas nos odeiam o tempo todo, então isso é previsível. Fazer coisas populares assim como grandes videoclipes tal qual aqueles que o NIGHTWISH faz destroem o Metal. Extremismos, por outro lado, não destroem o Metal a longo prazo. O racismo não é um assunto no nosso universo, o mundo do Metal. Nele, Jesus não tem poder algum e isso é verdadeiramente global. É preciso combater os tolos com mentes limitadas!!!"

O que você acha que difere o DARKTHRONE em 2007 do DARKTHRONEde 1987? O que pensa que mudou na banda nesses 20 anos?

Fenriz: "Não mudou muito. As músicas que compomos atualmente são semelhantes a 'Snowfall' de 1988! Fazemos hoje músicas que poderíamos ter feito em 1988 se tivéssemos naquela época o conhecimento e prática".

Leia a entrevista completa (em inglês)